domingo, 25 de abril de 2010

Abrem-se as cortinas

Depois do encontro sua cabeça estava prestes a explodir. A dor parecia sair por todos os orifícios de seu corpo pequeno.

-Como dói, sinto um torpor invadir meu cérebro, ou pelo queria que invadisse.
-Isso não existe, esse sentimento é falso, irreal.
-Você não pode dizer isso, não me entende e não vive o que eu vivo.
Outro encontro. Encontro do qual a dor se aproveitou para invadir outro coração. Coração que aparentava ter ferida já cicatrizada.
-Agora me entendes? Meu amor é contraditório, porém verdadeiro.
-Temos que escrever hoje à noite.
-Você vai escrever sobre seus sábados de noite e seus domingos à tarde.
-E você? Vai escrever sobre o que?
-Vou escrever sobre uma vida inteira.


Como queria que as cortinas agora se fechassem para que as meninas pudessem dizer:

-Isso é apenas uma peça.
-Ainda bem que essas coisas não acontecem na vida real.

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